“Salve-se o Lince
É muito triste viver
num país que está à venda…… Que mais temos para vender? A paisagem natural, o
bem mais colectivo de todos. Mas a paisagem vende-se? ……. A resposta é sim: Em
Portugal a paisagem vende-se. Vende-se desde há muito, sob a forma legal de
excepção à lei, e sempre para favorecer interesses privados, em prejuízo do
interesse colectivo.
… Resta, meus senhores
o lince da Malcata – hoje por razões à vista, rebatizado de lince ibérico.
Mas não queiram
conhecer a verdadeira história da “ reintrodução do lince ibérico” em Portugal
!
…
A caça autóctone está
a desaparecer, as azinheiras e os sobreiros estão doentes e morrem aos milhares,
os terrenos estão ao abandono, a agricultura é substituída pelas matas de
eucaliptos cuja única contribuição para a natureza é a de atear fogos, todo o
meio ambiente natural está despovoado, abandonado e em processo de morte lenta,
e as autoridades ambientais dedicam-se a brincar aos ursinhos e linces de
peluche!
… “
(Miguel Sousa Tavares,
Expresso, 3 de janeiro de 2015)
Pois é…
e em Malcata?
Os interessados no Parque Eólico são: LESTENERGIA ( produtor
de energia eléctrica) a Câmara de Penamacor ( sobretudo) a Câmara do Sabugal (
residualmente), o intermediário do arrendamento dos terrenos, os proprietários
do terrenos (migalhas).
Os totalmente prejudicados
são os malcatenhos, em termos: paisagísticos,
ruído, fauna, flora, actividade cinegética, desvalorização de activos (casas,
terrenos, …) !
Uma marca “Lince da
Malcata”, amplamente conhecida a nível nacional, tem hoje um valor
depreciado, ou mesmo nulo, por incapacidade das autoridades locais em
colocar a marca como instrumento de criação de valor para o Concelho!
Uma DIA (Declaração de Impacto Ambiental) emitida
pela autoridade ambiental , a APA, que nitidamente defende os interesses energéticos
e desvaloriza despudoradamente o interesse maior de uma população !
Portugal está mesmo à venda!
Que verdade tão verdadeira!!!
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